sábado, 13 de junho de 2020

A Acessibilidade na Educação Musical

Sou Fabrícia Eges Ferreira Azevedo, cantora, compositora, tecladista, aluna do curso de licenciatura em música do IFG Campos Goiânia.

Sou uma pessoa com deficiência visual congênita e fui alfabetizada em braille em uma escola no interior de Goiás. Naquela época nem se falava em inclusão, mas minha mãe tomou uma atitude que hoje pode ser considerada inclusiva: veio para Goiânia juntamente com uma professora da cidade, e as duas aprenderam o braille. Foi assim que pude ser alfabetizada numa escola regular.

Aos 13 anos, me mudei para Goiânia com minha família. Nessa época eu já tinha um teclado, um violão e um conhecimento muito básicos desses instrumentos e já cantava em pequenos festivais de música. No mesmo ano em que chegamos a Goiânia, fui inserida nas aulas de piano com um professor, também deficiente visual, na Escola de Artes Veiga Vale. Não ouvi falar em notação musical. Embora já existisse a musicografia braille, ela não era difundida, e por isso não tive acesso. Por esse motivo, todas as aulas que tive foram práticas, gravações de exercícios para treinar em casa por repetição, tanto na escola Veiga vale, quanto com os professores particulares que tive. Por causa disso, acho que perdi muito em conhecimento, em comparação à educação musical que uma criança sem deficiência da minha idade teria. O que estudei de teoria, foram as notas musicais, escalas, noções básicas de intervalos, formação dos acordes.

Segundo a Lei Brasileira de Inclusão - LBI (BRASIL, 2015), “Considera-se pessoa com deficiência, aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas" (LBI, artigo 2º).

Das barreiras que dificultam a participação de uma pessoa com deficiência, em qualquer ária da educação, falarei das que considero mais relevantes para uma pessoa com deficiência visual como eu.

Barreiras nas comunicações e na informação: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de informações por intermédio de sistemas de comunicação e de tecnologia da informaçãoBarreiras atitudinais: atitudes ou comportamentos que impeçam ou prejudiquem a participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas.” (LBI, artigo 3º IV). 

Vale ressaltar que, de acordo com a atitude dos professores e colegas, o conteúdo pode chegar ou não até o aluno com deficiência visual. Por exemplo, numa aula de coral, um exercício de alongamento ou respiração, é preciso que o professor descreva o exercício que está propondo. Se for um vocalize, já não será necessária uma descrição, pois a pessoa com deficiência visual vai ouvir e assim poderá participar da aula sem restrições.

Barreiras tecnológicas: as que dificultam ou impedem o acesso da pessoa com deficiência às tecnologias.” (LBI, artigo 3º IV). Tais barreiras podem ser minimizadas por meio das  tecnologias assistivas que uma pessoa com deficiência precisa para desempenhar com autonomia seus estudos e trabalho. Por exemplo, um computador com um leitor de tela instalado.

Comunicação: forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações.” (LBI, artigo 3º V). Nesse caso, para o deficiente visual, se ele receber os textos em .doc, .txt ou .pdf no formato texto e não em formato imagem, ele consegue interagir com o professor sem qualquer barreira.

A acessibilidade na educação musical pode acontecer de várias formas, de acordo com as barreiras existentes. Irei listar aqui alguns conceitos que julgo muito importantes, baseados na lei brasileira de inclusão.

Desenho universal: concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva.” (LBI, artigo 3º II). 

Trago como primeiro exemplo, o Musibraille, um editor de partituras, criado pelo núcleo de computação eletrônica da  UFRJ, especificamente para pessoas com deficiência visual. Quando iniciei no curso de licenciatura em música, tive dificuldade em usá-lo, pois não aprendi a musicografia braile na minha educação musical, e os professores não conhecem essa plataforma. Assim, tanto eu quanto eles teríamos que fazer um curso para trabalhar com esse programa. Se trata de um software de notação musical desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual, que não foi criado no desenho universal. Segue vídeo demonstrativo do Musibraille: 


Como segundo exemplo, temos o Musescore, um software de notação musical livre e fácil de usar, que posso acessar com uma tecnologia assistiva, ou seja, um leitor de tela instalado no meu computador, que me possibilita criar uma partitura e digitalizar ou imprimir para que o professor tenha acesso, ou que eu possa ler no computador uma partitura digitalizada pelo professor. Esse software foi construído no desenho universal, pois possui teclas de atalho para cada função, facilitando assim o acesso de uma pessoa com deficiência visual, que utiliza qualquer leitor de tela. É comumente usado por pessoas sem deficiência, por isso se torna fácil encontrar tutoriais sobre ele na internet.

Para produzir meus arranjos, uso o Reaper, um software multipista. Esse software  possui extensões que o torna acessível, podendo ser atribuídas teclas de atalho para algumas funções.

Já no meu instrumento, que é o teclado, embora ele tenha todas as funções de que preciso para montar ritmos, playbacks das minhas músicas, ele se torna limitado quando se trata de algumas funções, pois o mesmo não tem acessibilidade, nem posso instalar nele alguma tecnologia assistiva. Por isso recorro aos softwares de edição de áudio para computadores, assim posso trabalhar usando um leitor de tela.

Programas como o Audacity e Soundforge também são acessíveis à pessoa com deficiência visual, através de teclas de atalho.

Smartphones são exemplos de plataformas construídas no desenho universal. Ambos já vêm com um pacote de acessibilidade, sendo necessário somente ativá-lo. Alguns trazem até mesmo aplicativos que ajudam na educação musical, como é o caso do áudio acordes, um aplicativo da Samsung, que possui um dicionário de acordes em áudio e tutoriais ensinando como montá-los.  Ele traz músicas em vários níveis para que o deficiente visual aprenda a tocar. Segue demonstração no link abaixo:


"Tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.” (LBI, artigo 3º III).

Essas tecnologias são essenciais e proporcionam à pessoa com deficiência a facilidade de acesso a conteúdos necessários para seu estudo e trabalho ou mesmo para o seu cotidiano. Um exemplo de tecnologia assistiva é o leitor de tela NVDA, que podemos baixar gratuitamente e instalar no computador e ter acesso ao sistema Windows e a internet. Com outra tecnologia assistiva presente nos smartphones, consigo ter acesso ao aplicativo do IFG e conferir meus horários de aulas e muito mais, facilitando a organização da minha rotina. 

Todas as ferramentas mencionadas aqui, são utilizadas por mim, no curso de Licenciatura em Música, direta ou indiretamente. Cada avanço nas tecnologias representa menos barreiras, mais acessibilidade e participação da pessoa com deficiência na área da educação musical.

Referências:
BRASIL (2015). LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm

Fabrícia Eges Ferreira Azevedo
Acadêmica do curso de Licenciatura em Música do Campus Goiânia
O Blog da educação musical tem por objetivo ser um espaço para divulgação de ações, projetos, cursos, eventos e publicações da área da educação musical no Brasil.
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terça-feira, 9 de junho de 2020

História da Educação Musical

História da Educação Musical no Brasil

Recentemente um importante livro foi publicado no Brasil sobre a história da educação musical, trata-se da coletânea organizada por Do Monti e Rocha (2019) com o título: "Ecos e memórias: histórias de ensinos, aprendizagens e músicas". Alguns vídeos preparados por Vanessa Weber e Vanessa Weber, disponíveis no youtube também fazem uma interessante exposição sobre o tema:

https://youtu.be/OjNnPjuasLc (2012)

https://youtu.be/N5R8hyfYqyY (2018)

Também recentemente essa temática foi discutida em uma mesa redonda no IX Simpósio Internacional de Musicologia da EMAC-UFG (Cruvinel, Lopes, Kleber, 2019). Isso mostra que a temática está em ascensão no meio acadêmico, haja vista termos encontrado mais de 28 teses desenvolvidas com esta temática no Brasil até o ano de 2017 (Pereira, 2019).

https://youtu.be/fKvK12WSQPM

História da Educação Musical no Brasil e Portugal (2019)


Mostramos a seguir que a temática da história da Educação Musical no Brasil tem encontrado certa dificuldade para se estabelecer, o que é confirmado pelos estudiosos da área. 

Uma Linha Investigativa a ser verificada como fundamental para a área é a ‘História da Educação Musical’, a qual é possível de ser acessada no contexto internacional, principalmente nos trabalhos de Cox (2002), Mark (2002a, 2002b, 2013, 2015) e Pierret (1972); e, ainda no The Bulletin of Historical Research in Music Education. No Brasil a temática tem sido pouco desenvolvida, presente em algumas publicações importantes como em Amato (2006), Bauab (1960), Fonterrada (2008), Mateiro e Ilari (2012), Paz (2000) e Souza (2014); as quais apresentam várias formas de abordagem do tema.

Zille (2014, p. 82) em sua pesquisa de revisão dos artigos em revistas nacionais também encontrou a subtemática da ‘História da Educação Musical’. Nos trabalhos presentes na revista da ABEM, especificamente, encontramos os textos de Anezi e Garbosa (2013), Garbosa (2009), Jardim (2009), Martins (1992), Martinez e Pederiva (2013), Nogueira (1997) e Vieira (2012).

O texto de Martins (1992), presente na primeira revista da ABEM, aborda uma rápida incursão histórica sobre o surgimento da Educação Musical desde a idade média na Europa, passando pelo surgimento dos conservatórios de Música, por movimentos da escola nova e métodos ativos e pelos movimentos da implantação da Educação Musical nas escolas nos EUA. Antes de abordar a Educação Musical no Brasil o autor explica o desenvolvimento do próprio conceito de musicalização e iniciação musical.

O trabalho de Nogueira (1997) aborda questões históricas da Educação Musical no Brasil, de modo a envolver questões sobre processos de ensino de música desde o contexto da educação básica a partir da década de 1970, passando pela educação profissionalizante, ou seja, cursos de nível técnico e superior; e ainda cursos de Pós-Graduação em Música. Damos ênfase aqui às informações trazidas sobre a implementação dos cursos de Pós-Graduação no Brasil, que segundo a pesquisadora se inicia com o primeiro curso de mestrado em Música instituído em 1980 na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com áreas de concentração em Composição, Educação Musical, Musicologia e Práticas Interpretativas. Em 1982 foram criados os mestrados em Música no CBM (Conservatório Brasileiro de Música) e na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), sendo criado em 1993 na UNIRIO (Universidade do Rio de Janeiro). O primeiro doutorado em Música foi criado em 1995 na UFRGS. Outra informação importante que a pesquisadora traz é que a ANPPOM (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música) foi criada em 1987 (Nogueira, 1997). No mais, a pesquisadora realiza uma importante análise sobre todo o processo de desenvolvimento da pesquisa, com base na criação de cursos de mestrado e doutorado e na institucionalização de associações importantes para a área no Brasil, como a ANPPOM e a ABEM. Nesse sentido, é possível perceber uma relação entre o desenvolvimento da área no contexto acadêmico/científico/social com as políticas de desenvolvimento de democratização da Educação Musical.

Vale destacar que a revista da ABEM ficou sem publicação de artigo diretamente ligado à história da Educação Musical por mais de dez anos, sendo esta, uma temática menos abordada na revista.

O estudo de Jardim (2009), sobre a história do processo de especialização do professor de música no Brasil, apresenta a constituição da Música como disciplina escolar. A pesquisadora articulou as proposições de André Chervel[1] com análise de fontes primárias. O estudo concluiu que os profissionais especializados criaram um conjunto de saberes, instituições especializadas e uma nova profissão. O estudo apresenta a gradativa exigência de especialização deste professor, que se inicia com a reforma educativa de 1890 com a inclusão da música no currículo, e culmina com a instituição do professor de Canto Orfeônico a partir da década de 1930.

O texto de Garbosa (2009), apresenta contribuições teóricas e metodológicas do referencial da História Cultural e da escola dos Annales, com destaque para Roger Chartier, abordando os conceitos de apropriação, representação e cultura popular. Posteriormente, a pesquisadora expõe os processos de produção do texto histórico. Ao relacionar essa produção com a área da Educação Musical são apresentadas considerações referentes ao canto como prática de leitura decorrente de cancioneiros ou de livros escolares de música, os quais se caracterizam como objetos culturais que revelam momentos da história da área.

Em outo texto, Garbosa (Anezi e Garbosa, 2013) aborda as memórias à docência em música, de forma a conhecer as lembranças ligadas a personagens, acontecimentos e lugares e ainda o processo de iniciação musical até a entrada na profissão. Os referenciais teórico-metodológicos dos estudos (auto)biográficos trazendo discussões sobre memória e narrativa.

Vieira (2012) investiga a relação entre Educação Musical com a Musicologia, a história e a sociologia. A autora foca nos modos de apropriação, compreendidos pela pesquisadora como práticas de Educação Musical em relação com as práticas musicais de gêneros ‘populares’ veiculadas na cidade de Belém do Pará, na primeira metade do século XX. A investigação se apoiou também em jornais e revistas como fontes históricas.

Os resultados alcançados permitem entendimento sobre pedagogias locais de apropriação musical e discernimentos que marcaram hierarquias musicais e, por conseguinte, hierarquias sociais que representam e que, por sua vez, as ratificam. As conclusões devem contribuir para um olhar mais aguçado sobre a construção histórica da atual situação da Educação Musical local e melhor fundamentar tomadas de decisão. (Vieira, 2012, p. 143).

Martinez e Pederiva (2013) apresentam um estudo contendo o histórico acerca da Educação Musical no Brasil. O estudo parte da bibliografia da área, livros, artigos, teses e dissertações e da análise da legislação nacional. Segundo as autoras, “ao longo dessa história perceberam-se diferentes situações em que a música esteve inserida no contexto escolar, sendo que em muitas circunstâncias ela exercia um papel secundário” (p. 11). As autoras colocam que em muitas das situações de inserção da Educação Musical na escola houve certa desconsideração acerca da diversidade cultural, ou ainda, houvera uma preocupação extrema com o ensino da técnica instrumental/vocal.

Assim, por meio destas publicações na área da ‘História da Educação Musical’, é possível verificar que esta temática se aproxima em muito da musicologia, da historiografia, da análise bibliográfica e da análise de legislações. Indo ao encontro daquilo que Souza (2014) pontua sendo uma área de difícil atuação em pesquisa, pois envolve uma complexidade de dados elencados de vários contextos.

Referências:
Anezi, F. M.; Garbosa, L. W. F. (2013). Memórias de formação musical e construção docente de Monica Pinz Alves. Revista da ABEM, 21(31), 77-90.

Amato, R. D. C. F. (2006). Breve Retrospectiva Histórica e Desafios do Ensino de Música na Educação Básica. Revista Opus, 12(12), 144-166.

Bauab, M. (1960). História da Educação Musical. Rio de Janeiro: Editora Organizações Simões.

Cox, G. (2002). Transforming research in music education history. In: Colwell, R.; Richardson, C. (eds.). The new handbook of research on music teaching and learning: a project of the music educators national conference. (pp. 695-708). Oxford: Oxford University Press.

Cruvinel, F. M., Lopes, E., Kleber, M. História da Educação Musical no Brasil e Portugal. Mesa redonda no IX Simpósio Internacional de Musicologia (EMAC-UFG), 2019. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=fKvK12WSQPM

Do Monti, Ednardo M. G., Rocha, Inês de Almeida (Orgs.) (2019.). Ecos e memórias: histórias de ensinos, aprendizagens e músicas. Teresina: EDUFPI, 2019. Disponível em: https://www.ufpi.br/arquivos_download/arquivos/pronto_Livro_ECOS_E_MEM%C3%93RIAS_e-book_420191017163527.pdf

Fonterrada, M. T. de O. (2008). De tramas e fios: um ensaio sobre Música e Educação. São Paulo: Editora UNESP.

Garbosa, L. W. F. (2009). Contribuições teórico-metodológicas da história da leitura para o campo da Educação Musical: a perspectiva de Roger Chartier. Revista da ABEM, 22, 19-28.

Jardim, V. L. G. (2009). Institucionalização da profissão docente – o professor de música e a Educação pública. Revista da ABEM, 21, 15-24.

Mark, M. L. (2002a). A history of Music Education Research. In: Colwell, R. (ed.). Handbook of research on music teaching and learning: a project of the Music Educators National Conference. (pp. 48-59). New York: Schirmer Books.

Mark, M. L. (2002b). Nonmusical outcomes of music education: historical considerations. In: Colwell, R.; Richardson, C. (eds.). The new handbook of research on music teaching and learning: a project of the music educators national conference. (pp. 1045-1052). Oxford: Oxford University Press.

Mark, M. L. (2013). Music education souce readings from ancient greece to today. 4ª ed. New Youk: Routledge Taylor and Francis Group.

Mark, M. L. (2015). Music Education History and the Future. In Randles, C. (ed). Music Education: Navigating the Future (Routledge Studies in Music Education) (Locais do Kindle 63-64). Taylor and Francis. Edição do Kindle. 

Martins, R. (1992). Educação Musical: uma síntese histórica como preâmbulo para uma ideia de Educação Musical no Brasil do século XX. Revista da ABEM, 1(1). 6-11.

Martinez, A. P. de A.; Pederiva, P. L. M. (2013). Um breve olhar para o passado: contribuições para pensar o futuro da Educação Musical. Revista da ABEM, 21(31), 11-22.

Mateiro, T.; Ilari, B. (Org.). (2012). Pedagogias em Educação Musical. Curitiba: Editora Intersaberes.
Nogueira, I. (1997). O Modelo atual da Educação Musical no Brasil: um drama em três atos incongruentes. Revista da ABEM, 4, 9-24.

Paz, E. A. (2000). Pedagogia Musical Brasileira no Século XX, Metodologia e Tendências. Brasília: Editora MusiMed.

Pereira, E. P. R. (2019). A Educação Musical no Brasil: temáticas, concepções e linhas investigativas. (Tese de Doutorado em Educação, Universidade de Santiago de Compostela – USC). Santiago de Compostela, Espanha. Disponível em: <https://minerva.usc.es/xmlui/handle/10347/20495> Acesso em Dez. de 2019.

Pierret, F. (1972). Mito y realidad de la Educación Musical en América Latina. Revista Musical Chilena, 26(117), 24-35.

Souza, J. (2014). Sobre as várias histórias da Educação Musical no Brasil. Revista da ABEM, 22(33), 109-120.

Vieira, L. B. (2012). Nas rotinas do cotidiano: Educação Musical em Belém do Pará na primeira metade do século XX. Revista da ABEM, 20(29), 143-158.

Zille, J. A. B. (2014). Cenário da produção bibliográfica científica publicada na área de Música no Brasil no ano de 2012. Revista Modus, IX(14), 75-94.

Professor Eliton Pereira
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terça-feira, 2 de junho de 2020

20 programas de bolsas

20 Programas de Bolsas para músicos, musicólogos, compositores e educadores musicais.

Mulheres fazem música - Fundação PRS

Women Make Music fornece suporte para compositoras e compositoras de todos os gêneros e origens, em diferentes estágios de sua carreira. O fundo pode apoiar projetos de compositoras, compositoras, artistas, bandas e artistas que estão escrevendo suas próprias músicas. Eles oferecem subsídios de até US $ 5000.

Prazo : 9 de junho de 2020

Valor em dinheiro : £ 5.000

O Fundo Aberto para Criadores de Música - Fundação PRS

O Open Fund for Music Creators apoia o desenvolvimento de compositores e compositores de destaque em todos os gêneros e origens, em diferentes estágios de sua carreira. Eles oferecem subsídios de até US $ 5000.

Prazo : 9 de junho de 2020

Valor em dinheiro : £ 5.000

Prêmio de Filme de Cultura Intangível do Instituto Antropológico Real (Música - Dança - Performance)

Um prêmio complementar ao prêmio Material Culture & Archaeology, criado em resposta ao crescente número de filmes que tratam de música, dança e performance.

Prazo : 29 de junho de 2020

Valor em dinheiro : £ 250

Bolsas Sênior do Instituto Americano de Estudos Indianos

As Bolsas de Pesquisa Sênior estão disponíveis para estudiosos do sul da Ásia em vários campos, incluindo antropologia, etnomusicologia, história, ciência política, estudos religiosos e planejamento urbano para realizar mais pesquisas na Índia e estabelecer afiliação formal com uma instituição indiana. É necessário um Ph.D ou equivalente. Os prêmios de curto prazo estão disponíveis por até quatro meses. Os prêmios de longo prazo estão disponíveis por seis a nove meses.

Prazo : 30 de junho de 2020

Subsídios da Fundação Frank e Lydia Bergen

A Fundação Frank e Lydia Bergen oferece subsídios para artes cênicas e educação musical. Para serem elegíveis, as organizações devem se qualificar como organizações isentas de acordo com a Seção 501 (c) (3) do Internal Revenue Code. Não há limitações geográficas; no entanto, a confiança tem como prática apoiar principalmente organizações localizadas em Nova York e Nova Jersey. O tamanho médio da concessão é de US $ 10.000 a US $ 50.000.

Prazo : 14 de julho de 2020

Valor em dinheiro : $ 50.000

Bolsas de Estudo Swansea Creativity

O Instituto Cultural da Universidade de Swansea está oferecendo duas Bolsas de Criatividade para artistas profissionais de qualquer prática / meio (incluindo, entre outros, escritores, artistas visuais, artistas, intérpretes, criadores, músicos) para criar um novo trabalho inspirado em pesquisas acadêmicas de ponta no universidade. Espera-se que os bolsistas realizem três apresentações públicas de trabalho em andamento em Swansea, como o principal acadêmico do projeto de pesquisa escolhido, além de um workshop para estudantes e um workshop para a comunidade.

Prazo : 29 de julho de 2020

Valor em dinheiro : £ 12.200

Eslovênia / EUA - Programa de bolsas culturais

A Embaixada dos EUA em Ljubljana, Eslovênia oferece subsídios para projetos bem projetados e gerenciados que incentivam e promovem a cooperação cultural e artística, colaboração e intercâmbio entre os Estados Unidos e a Eslovênia. Isso inclui a promoção de valores, cultura e / ou história americanos por meio de arte, música, literatura, dança e / ou outros meios culturais, para o público esloveno. Os prêmios de subsídios variam de US $ 3.000 a US $ 5.000 e complementam outros fundos, embora alguns projetos excepcionais possam se qualificar para até US $ 10.000.

Prazo : 11 de agosto de 2020

Valor em dinheiro : US $ 10.000

Concessões do Levitt AMP [sua cidade]

Dos 25 finalistas, conforme determinado pela votação pública on-line, os subsídios serão concedidos a 15 organizações sem fins lucrativos com sede nos EUA que atendem vilas e cidades com populações de até 400.000 habitantes. Cada beneficiário receberá US $ 25 mil em fundos correspondentes para apresentar a Levitt AMP [Your City] Music Series, um mínimo de 10 concertos ao ar livre gratuitos apresentados por 10 a 12 semanas consecutivas.

Prazo : 19 de setembro de 2020

Valor em dinheiro : $ 25.000

IU-Bloomington: O leme de Everett visitando bolsas de estudo

Este programa de bolsas de estudos apóia a pesquisa e fornece acesso às coleções da Biblioteca Lilly para estudiosos residentes fora da área de Bloomington. As propostas de projeto devem demonstrar que os recursos da Biblioteca Lilly são essenciais para os tópicos de pesquisa propostos. A biblioteca inclui as seguintes coleções: Automóveis, Bíblias, Literatura infantil, impressão precoce, cinema, rádio, televisão, impressão fina e encadernação, Ian Fleming, comida e bebida, história, história de Indiana, História americana, história européia, Frank M. Hohenberger , Literatura, Literatura de Indiana, Literatura americana, Literatura britânica, Manuscritos medievais e renascentistas europeus, Música, Viagens e exploração eslava e da Eurásia central

Prazo : 29 de setembro de 2020

Valor em dinheiro : $ 1.500

Bolsas Lilly Library Mendel

Bolsas de até US $ 40.000 apóiam pesquisas nas coleções de Bernardo Mendel da Lilly Library, da Universidade de Indiana, que apóiam pesquisas sobre a história do Império Colonial Espanhol; Movimentos de independência latino-americanos; Expansão européia nas Américas; viagens, viagens e exploração; geografia, navegação e cartografia; Literatura e história alemãs; e música, incluindo partituras.

Prazo : 29 de setembro de 2020

Valor em dinheiro : US $ 40.000

Lilly Library Everett Helm Visitar bolsas de estudo

O financiamento é disponibilizado para pesquisa em residência na Lilly Library, a principal biblioteca de livros e manuscritos raros da Universidade de Indiana. Suas propriedades apóiam pesquisas na literatura e na história britânicas, francesas e americanas; a literatura de viagens e exploração, especificamente a expansão européia nas Américas; impressão inicial, e a Igreja, literatura infantil, música; cinema, rádio e televisão; medicina, ciência e arquitetura; e comida e bebida.

Prazo : 29 de setembro de 2020

Valor em dinheiro : $ 1.500

Conselho Estadual de Artes de Rhode Island - Composição Musical

Uma bolsa de US $ 5.000 e um mérito de US $ 1.000 são concedidos em cada uma das 13 disciplinas a cada ano. Os prêmios de Bolsas de Estudo e Mérito são baseados exclusivamente no mérito artístico. Os artistas são incentivados a se inscrever quando criarem um corpo substancial de trabalho que estão preparados para apresentar de maneira profissional. Você deve ter estabelecido residência legal em Rhode Island por pelo menos doze meses consecutivos antes da data da solicitação e você deve ser um residente legal do RI no momento em que os fundos do subsídio são desembolsados.

Prazo : 30 de setembro de 2020

Valor em dinheiro : US $ 5.000

Bolsas de Pesquisa em Humanidades do Centro Harry Ransom

As bolsas de estudo são disponibilizadas para apoiar residências de curto prazo em projetos de pesquisa que requerem uso substancial das coleções do Harry Ransom Center. As coleções se concentram em estudos africanos, arquitetura, arte e história da arte, cartografia, estudos clássicos, linguística, história, direitos humanos, estudos judaicos, estudos latino-americanos, estudos de lésbicas, gays, transgêneros, bissexuais e queer, literatura, música internacional, Artes Cênicas, Filosofia, Fotografia, Religião, Viagens e Estudos da Mulher. As bolsas variam de um a três meses, com subsídios mensais de US $ 3.500. Também estão disponíveis bolsas de viagem e bolsas de dissertação de US $ 2.000. Os bolsistas internacionais receberão uma bolsa adicional de US $ 500 para compensar os custos com vistos e viagens.

Prazo : 31 de outubro de 2020

Valor em dinheiro : US $ 13.000

Programa de Bolsas de Pesquisa em Audiovisual

O financiamento está disponível para pesquisas usando recursos audiovisuais disponíveis na Southern Folklife Collection (SFC), que é rica em documentação do desenvolvimento comercial inicial da música country e do movimento de avivamento folclórico da década de 1960, na música vernacular americana e no folclore. Professores, estudantes de pós-graduação e acadêmicos independentes são convidados a se inscrever. Cada ganhador do prêmio deve fazer uma visita pessoal de uma semana ao SFC.

Prazo : 31 de outubro de 2020

Valor em dinheiro : $ 2.500

Fundo Beebe para Músicos

O objetivo do Beebe Fund é fornecer bolsas de estudo para músicos em disciplinas clássicas, que desejam buscar estudos e performances musicais avançadas no exterior, geralmente na Europa. As bolsas de US $ 22.000 são geralmente concedidas a músicos sediados nos Estados Unidos (embora não necessariamente cidadãos dos EUA) no início de suas vidas profissionais, para os quais esse seria o primeiro período prolongado de estudos no exterior.

Prazo : 16 de dezembro de 2020

Valor em dinheiro : $ 22.000

Bolsas da Academia Americana de Roma (AAR) em Itália

Bolsas para artistas e estudiosos italianos em áreas como arqueologia, clássicos, história, história da arte e arquitetura, literatura, estudos religiosos, antropologia e musicologia. Artistas e estudiosos italianos vivem e trabalham na comunidade da Academia, realizando seus próprios projetos participando de seu ambiente colaborativo e interdisciplinar. É necessário que os italianos morem em Roma, na Academia. Todas as bolsas incluem um quarto individual, uma diretoria e uma bolsa. Cada bolsa é de três meses e meio e meio e meio, com uma remuneração equivalente a US $ 2.200 / mês, paga em euros mensalmente.

Prazo : 31 de janeiro de 2021

Valor em dinheiro : $ 9.900

Fundo de Pesquisa Jacobs Whatcom Museum Jacobs

Apoia projetos antropológicos nos povos indígenas do Canadá, México e Estados Unidos continentais, incluindo o Alasca, com prioridade no noroeste do Pacífico, que exigem intenso trabalho de campo, como um dicionário ou coleção de textos. Geralmente vai para um único pesquisador experiente, como um Ph.D. aluno que trabalha em uma dissertação, professor de sabático ou aposentado que deseja concluir uma pesquisa importante. São concedidas bolsas para trabalhos em idiomas, organização social, organização política, religião, mitologia, música, outras artes, psicologia e ciências folclóricas.

Prazo : 31 de janeiro de 2021

Valor em dinheiro : US $ 9.000

Conselho de Artes da Austrália - programa de turnê de música contemporânea

O Programa de turnê de música contemporânea (CMTP) apoia as atividades de turnê nacional realizadas por músicos australianos que tocam música contemporânea original. Ele fornece suporte de viagem de até US $ 15.000 para artistas e seu gerente para passeios na Austrália, que incluem apresentações em áreas regionais e remotas. Podem ser solicitados até US $ 15.000 adicionais para passeios que atendam às condições para passeios remotos e muito remotos.

Prazo : 3 de fevereiro de 2021

Valor em dinheiro : $ 20.700

Subsídio Individual do Fundo de Pesquisa Jacobs do Whatcom Museum

Apoia projetos antropológicos administrados por um único pesquisador sobre os povos indígenas do Canadá, México e Estados Unidos, incluindo o Alasca, com prioridade no noroeste do Pacífico. Pesquisas em outras áreas das Américas serão financiadas, se possível. São concedidas bolsas para trabalhos em idiomas, organização social, organização política, religião, mitologia, música, outras artes, psicologia e ciências folclóricas.

Prazo : 14 de fevereiro de 2021

Valor em dinheiro : $ 3.000

Grupo Whatcom Museum Jacobs Research Group Grant

Apoia projetos antropológicos administrados por dois ou mais pesquisadores dos povos indígenas do Canadá, México e Estados Unidos, incluindo o Alasca, com prioridade no noroeste do Pacífico. Pesquisas em outras áreas das Américas serão financiadas, se possível. São concedidas bolsas para trabalhos em idiomas, organização social, organização política, religião, mitologia, música, outras artes, psicologia e ciências folclóricas.

Prazo : 14 de fevereiro de 2021

Valor em dinheiro : US $ 9.000

 

 

Professor Eliton Pereira
O Blog da educação musical tem por objetivo ser um espaço para divulgação de ações, projetos, cursos, eventos e publicações da área da educação musical no Brasil.
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segunda-feira, 1 de junho de 2020

Canal Música na Escola

Canal do youtube do site Música na Escola

Apresentamos a famosa série de vídeos gravados com grandes nomes da educação musical brasileira no site do movimento música na escola. Esse movimento conseguiu publicar um livro contendo as contribuições dos participantes da séries de entrevistas.
Canal do youtube com os vídeos: https://www.youtube.com/user/AMusicanaEscola/feed



Roda de Conversa do projeto A Música na Escola. Participação de Carlos Kater, Carlos Sandroni, Celso Favaretto, Fabio Zanon, Iramar Rodrigues, Ivan Vilela, Lucas Ciavatta, Lucas Robatto, Lucilene...


Roda de Conversa do projeto A Música na Escola. Participação de Melina Sanchez e Pedro Paulo Salles. Mediação de Sérgio Molina e Adriana Terahata. Projeto A Música na Escola Idealização - Gi...


Roda de Conversa do projeto A Música na Escola. Participação de Lucilene Silva e Renata Amaral Mediação de Sérgio Molina e Adriana Terahata. Projeto A Música na Escola Idealização - Gisele...


Roda de Conversa do projeto A Música na Escola. Participação de Ricardo Breim e Marina M.Machado. Mediação de Sérgio Molina e Adriana Terahata. Projeto A Música na Escola Idealização - Gis...


Roda de Conversa do projeto A Música na Escola. Com a participação de Viviane dos Santos Louro e Lucas Ciavatta. Mediação de Sérgio Molina e Adriana Terahata. Projeto A Música na Escola Idea...

Roda de Conversa do projeto A Música na Escola. Participação de Carlos Sandroni e Ivan Vilela. Mediação de Sérgio Molina e Adriana Terahata. Projeto A Música na Escola Idealização - Gisele J...


Roda de Conversa do projeto A Música na Escola. Participação de Marisa Fonterrada e Teca Alencar. Mediação de Sérgio Molina e Adriana Terahata. Projeto A Música na Escola Idealização - Gisel...


Roda de conversa do projeto A Música na Escola. Participação de Marcelo Petraglia e Mauro Muszkat. Mediação de Sérgio Molina e Adriana Terahata. Projeto A Música na Escola Idealização - Gise...

Roda de Conversa do projeto A Música na Escola. Participação de Magali Kleber, Carlos Kater, Celso Favaretto e Lucas Robatto. Mediação de Sérgio Molina e Adriana Terahata. Projeto A Música n...

Roda de Conversa do projeto A Música na Escola. Participação de Fabio Zanon e Regina Porto Mediação de Sérgio Molina e Adriana Terahata. Projeto A Música na Escola Idealização - Gisele Jordã...


Roda de Conversa do Projeto A Música na Escola. Participação de Iramar Rodrigues e Sergio Figueiredo. Mediação de Sérgio Molina e Adriana Terahata. Projeto A Música na Escola Idealização - G...

Professor Eliton Pereira
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A Acessibilidade na Educação Musical

Sou Fabrícia Eges Ferreira Azevedo, cantora, compositora, tecladista, aluna do curso de licenciatura em música do IFG Campos Goiânia. Sou um...